Os grandes temas que guiaram o evento
Inteligência artificial: de tendência a infraestrutura
Neste ano, a inteligência artificial (IA) deixou de ser uma “novidade tecnológica” e passou a ser tratada como infraestrutura crítica para empresas que desejam escalar com eficiência. A discussão se aprofundou: não se fala mais apenas sobre usar IA, mas como usar bem. A combinação entre IA preditiva (para antecipar movimentos do mercado) e IA generativa (para personalizar e automatizar processos criativos) tornou-se um imperativo competitivo.
O foco saiu da “mágica da tecnologia” e migrou para a criação de estratégias consistentes, sustentáveis e integradas ao negócio. Empresas como o Grupo Boticário, iFood e Coca-Cola Femsa mostraram na prática como a IA já está transformando desde a logística até a experiência do cliente, passando por decisões de crédito, personalização de ofertas e geração de conteúdo.
A nova lógica de consumo e a reinvenção da jornada de compra
O comportamento do consumidor está mudando, e rápido. Se antes a compra era um processo mais racional e linear, hoje ela é fluida, visual, interativa e profundamente personalizada. Ferramentas como Google Lens, Circle to Search e TikTok Shop estão redefinindo o que significa buscar, descobrir e comprar.
O Fórum destacou que a jornada de consumo está cada vez mais imersiva e integrada. Plataformas que combinam entretenimento, socialização e comércio (como o TikTok) têm encurtado o caminho entre inspiração e ação. A decisão de compra se torna mais emocional, espontânea e impulsionada por experiências visuais e sociais.
Para as marcas, isso representa tanto uma oportunidade quanto um desafio: elas precisam estar presentes no momento certo, com a mensagem certa e, principalmente, com uma proposta de valor clara e personalizada.
Cultura organizacional como motor da inovação
Outro ponto recorrente nas palestras foi a importância da cultura como sistema vivo dentro das empresas. O caso do iFood ilustrou bem essa abordagem: a inovação não acontece por sorte ou talento isolado, mas por um desenho intencional da cultura organizacional, que guia comportamentos desde o processo seletivo até a rotina de operação.
Empresas inovadoras estão criando ambientes que estimulam a experimentação, dão autonomia aos times e reforçam a coerência entre discurso e prática. A cultura deixou de ser um conceito abstrato e passou a ser tratada como ferramenta estratégica, com rituais, métricas e até testes reais de fit cultural.
Personalização como nova alavanca de crescimento
A personalização foi amplamente abordada não como uma função de marketing, mas como um vetor de crescimento para o negócio. As empresas estão aprendendo que personalizar não é só mostrar o produto certo, é entender o momento de vida do cliente, antecipar suas necessidades e oferecer experiências relevantes, acessíveis e consistentes.
A combinação entre dados, IA e marketing ágil mostrou-se essencial para construir jornadas personalizadas em escala. Alguns exemplos mostraram que, com integração entre áreas e foco no cliente, é possível sair de um modelo reativo e alcançar resultados significativos em curto prazo.