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Como os novos comportamentos de consumo influenciam nas redes sociais

marketing

12/08/2021

por João Bruno Werzbitzki

Na última década, as redes sociais evoluíram drasticamente e se multiplicaram, principalmente considerando o Facebook, Linkedin, WhatsApp e Twitter, que foram incorporando novos recursos ao longo dos anos. Nesse meio tempo, foram lançadas novas plataformas, como Instagram, Telegram e TikTok, enquanto outras como Orkut e MSN desapareceram.

A usabilidade dessas ferramentas online guiou o padrão de comportamento de toda a sociedade, como as pessoas interagem e se comunicam, e especialmente como consomem bens e serviços.

É difícil imaginar que há dez anos as pessoas usavam somente SMS e e-mail, ou então ligações telefônicas. De 2010 para 2020, o número de usuários de redes sociais triplicou, passando de menos de 1 bilhão para 3,6 bilhões, e a tendência é que em 2025 chegue a mais de 4 bilhões.

Foi só com a popularização e acessibilidade de grande parte da população às mídias sociais, que as marcas começaram a investir e criar uma presença dentro dessas plataformas. Hoje, todos os negócios usam redes sociais de alguma forma. Ou seja, esse cenário mostra o quanto esse comportamento populacional guiado pelas redes impactou as empresas de todo o mundo.

A transformação das mídias sociais

No último ano vimos o surgimento de diversas redes sociais que ganharam milhões de usuários e viraram a mesa, surpreendendo as plataformas já existentes e estabelecidas no mercado. Uma delas foi o clubhouse, uma ferramenta baseada em chats por voz. Seguindo o exemplo do conhecido Facebook em seus primórdios, ela só possibilitou o cadastro de usuários por meio de convite de um contato que já a usa, o que tornou o aplicativo bem exclusivo.

Houve também o surgimento do Telegram, app de mensagens pessoais de origem russa. Devido à instabilidade de ferramentas tradicionais como o WhatsApp, Instagram ou Facebook Messenger, ele segue crescendo cada vez mais.

Porém, a rede social que causou um boom, tanto para usuários quanto para empresas, foi o queridinho TikTok. O app chinês permite a produção e edição de vídeos curtos de 15 a 60 segundos com diferentes efeitos de filtros e áudio, e se tornou popular principalmente entre a população mais jovem.

O boom do TikTok

Após a viralização do TikTok e a migração de usuários mais novos para essa plataforma, o Instagram lançou o Reels, um formato de conteúdo para competir com os vídeos da rede chinesa. Essa mudança representa uma grande oportunidade para inovação de conteúdos dentro dessas redes, principalmente para se adaptar ao novo modelo de consumo de conteúdo de curta duração.

O Instagram deixou de ser a rede tradicional de compartilhamento de imagens estáticas dentro do feed, e passou a valorizar mais as produções audiovisuais. Uma outra mudança é o investimento na área de comércio do aplicativo, que agora possui uma aba de loja dentro do perfil comercial. Os influenciadores também podem esperar alguma forma de incentivo para ganhar dinheiro por meio da produção de conteúdo, algo que o TikTok já está fazendo.

Outra novidade que veio para virar o jogo das compras online foi o WhatsApp Pay. Neste caso, permite realizar transferências, enviar e receber dinheiro pelo aplicativo de mensagens mais popular do Brasil.

Falando sobre investimento em redes sociais, a Hootsuit realizou uma pesquisa que colocou o WhatsApp em segundo lugar no ranking de investimentos empresariais para 2021, então essa é uma aposta certeira. O Instagram, apesar de competir com o TikTok — 1º lugar em tendência neste ano — ainda ocupa o 1º lugar no ranking de investimento. Já o terceiro lugar desse ranking ficou com o Facebook. Mesmo passando por boatos de estar desaparecendo, ele conta com várias ferramentas importantes para o marketing, como a criação de anúncios.

O comportamento do consumidor dentro das redes sociais e o impacto na economia

As redes sociais reduzem a distância de um novo produto ou serviço até o cliente. Aliás, quando utilizadas da maneira correta, podem dar um retorno sobre investimento a curto prazo — além de criar experiências inovadoras para gerar lealdade de longo prazo. E é justamente a inovação que trará bons resultados para as marcas.

Há 10 anos, não existiam anúncios patrocinados no feed, e os stories ainda não tinham sido criados. Aos poucos a publicidade na internet deixou de ser somente por meio de display, banner ou CPC, o que era considerado invasivo (por isso até foram criados os AdBlocks), e passou a ser mais aceita por meio do marketing orgânico. Hoje, é possível promover conteúdo valioso por meio da propaganda sem forçar a barra.

O medo do “cancelamento” e de errar com o público causou uma reação de cautela entre as empresas, que evitam se comunicar sem o planejamento devido. Essa preocupação culminou na criação de um SAC em tempo real. Ou seja, há profissionais preparados para responder a qualquer comentário ou reclamação dentro das redes. Portanto, nunca houve um momento tão focado no consumidor quanto agora.

As empresas mais atentas podem se beneficiar disso. Afinal, está cada vez mais fácil conhecer o público de perto, uma vez que todas as informações necessárias estão espalhadas pelas plataformas sociotécnicas. Basta fazer uma segmentação para atingir a parcela de consumidores desejada. Baby boomers, Millenials, Gerações Z, Alfa, Beta e as demais que estão por vir, já têm, ou terão, um perfil online, com os quais as empresas podem conversar diretamente e, melhor ainda, de forma personalizada.

O que fazer para se adaptar?

Primeiramente, garantir uma presença nas redes sociais é imprescindível. O público está nas plataformas diariamente, por muitas horas. Para alcançar clientes, portanto, nada melhor do que estar no mesmo lugar e impactá-los com a sua marca. Caso sua empresa já tenha uma presença digital, o segundo passo é aprimorar as postagens.

Aumentar o tráfego do seu e-commerce por meio do Instagram, direcionando seus consumidores para a página; produzir vídeos nos novos formatos que são tendência; e basicamente trabalhar a comunicação de acordo com o que o seu público está consumindo: é isso o que você precisa nesse momento.

Monitore suas redes; crie uma estratégia de awareness e de performance; descubra o que seus clientes estão dizendo; encontre potenciais consumidores e proteja sua marca estando atento a tudo que está sendo veiculado nessas plataformas.

Por último, mas definitivamente não menos importante, você precisa estar de olho nas tendências das redes sociais para os próximos anos. E, a partir disso, investir naquelas que têm mais chances de trazer novos prospects e melhores resultados para a sua estratégia.