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Confiança digital: como a segurança se tornou essencial para conquistar o consumidor

Nathálya Soviersovski

10/09/2024

No cenário atual, a segurança digital não é apenas uma preocupação para as empresas, mas também uma prioridade crescente para os consumidores. Com o aumento das transações online e a digitalização de serviços, as ameaças cibernéticas e fraudes se tornaram riscos constantes. Uma pesquisa realizada recentemente pela Serasa Experian revela alguns pontos de atenção sobre as preferências e preocupações dos consumidores em relação à segurança digital. Neste artigo, vamos explorar os principais insights desse estudo e discutir como as empresas podem se adaptar para atender a essa nova demanda.

Consumidores dispostos a pagar mais por segurança

A pesquisa destaca que 6 em cada 10 consumidores estariam dispostos a pagar mais caro por produtos e serviços oferecidos por empresas que proporcionem uma experiência segura no ambiente online. Isso reforça ainda mais a importância crescente da segurança digital na decisão de compra. A confiança na marca se tornou um fator-chave para atrair e reter clientes, especialmente em um ambiente onde as transações digitais são cada vez mais comuns.

Além disso, 86% dos entrevistados afirmaram que sempre ou geralmente escolhem comprar de marcas que consideram seguras. Isso indica que as empresas que investem em segurança não só protegem seus clientes, mas também ganham uma vantagem competitiva no mercado. No contexto da Black Friday, por exemplo, a segurança digital pode ser o diferencial entre uma compra bem-sucedida e um carrinho abandonado.

A preocupação com fraudes: um fator determinante

A crescente conscientização sobre fraudes digitais é outro aspecto relevante da pesquisa. 71% dos consumidores demonstram preocupação com fraudes online, o que reflete uma tendência global de aumento da atenção à segurança cibernética. Essa preocupação influencia diretamente o comportamento de compra, levando os consumidores a priorizarem marcas que demonstram um compromisso claro com a proteção de dados e a privacidade.

De acordo com Caio Rocha, Diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, “a confiança é um fator significativo na decisão de compra”. Ele ressalta que a infraestrutura de segurança das empresas precisa ser robusta e transparente para conquistar a confiança dos consumidores. Isso inclui o uso de tecnologias de proteção avançadas, como autenticação multifator e criptografia de dados.

Comportamento online e as preferências de pagamento

O estudo também revela que grande parte das atividades online mais comuns entre os consumidores envolve transações financeiras. Entre os métodos de pagamento mais utilizados, o cartão de crédito lidera com 79%, seguido pelo Pix, com 69% de adesão.

Esses dados mostram como o comportamento do consumidor online está fortemente vinculado a compras e transações financeiras, o que aumenta ainda mais a necessidade de garantir a segurança dessas operações.

Com o crescimento do comércio eletrônico, as empresas precisam garantir que suas plataformas de pagamento sejam seguras e que ofereçam uma experiência fluida para o usuário. Além disso, a adoção de métodos de pagamento que sejam ao mesmo tempo rápidos e seguros, como o Pix, pode ajudar a conquistar a confiança do consumidor e aumentar as taxas de conversão.

A ameaça do compartilhamento de dados pessoais

Um dado preocupante revela que 21% dos entrevistados já emprestaram seus dados pessoais para terceiros realizarem transações, como abrir contas bancárias ou realizar compras online. Esse comportamento expõe os consumidores a riscos significativos de fraudes e roubo de identidade. Além disso, 14% dos entrevistados relataram ter tido documentos físicos roubados ou perdidos, dos quais 4% foram usados em fraudes.

Essa situação destaca a necessidade de uma maior conscientização entre os consumidores sobre os riscos associados ao compartilhamento de dados. Por outro lado, as organizações também têm um papel importante ao educar seus clientes sobre boas práticas de segurança e ao implementar medidas robustas de autenticação que minimizem os riscos de fraude.

Como os consumidores se protegem no ambiente digital

A pesquisa revela que os consumidores estão cada vez mais atentos às medidas de segurança que podem adotar por conta própria. Entre as ações mais comuns, destacam-se a criação de senhas fortes e o cuidado em evitar abrir links ou arquivos suspeitos em aplicativos de mensagens.

Além dessas práticas, muitos usuários estão adotando a autenticação de dois fatores (2FA) como uma camada adicional de segurança, que exige uma segunda forma de verificação além da senha. Outros estão utilizando gerenciadores de senhas para criar e armazenar credenciais de acesso complexas, reduzindo o risco de reutilização de senhas fracas em várias contas.

Manter o software atualizado, incluindo sistemas operacionais, navegadores e aplicativos, é outra medida importante. Atualizações frequentes geralmente contêm correções de segurança para vulnerabilidades conhecidas, que os criminosos cibernéticos poderiam explorar.

Os consumidores também estão se tornando mais cautelosos quanto ao compartilhamento de informações pessoais online. Eles estão aprendendo a revisar as configurações de privacidade em redes sociais e outras plataformas digitais, limitando o acesso de terceiros aos seus dados pessoais. Além disso, o uso de redes privadas virtuais (VPNs) está crescendo, principalmente para acessar a internet em redes Wi-Fi públicas, protegendo a privacidade e os dados contra espionagem.

No entanto, esses métodos, embora importantes, nem sempre são suficientes para proteger contra ameaças mais sofisticadas. As organizações precisam ir além das práticas básicas de segurança e oferecer soluções integradas que protejam os dados de ponta a ponta. Isso inclui desde a autenticação segura até a proteção dos dados durante o armazenamento e processamento. As empresas também devem educar seus clientes sobre as melhores práticas de segurança digital, para que eles estejam equipados para identificar e evitar ameaças potenciais.

Os golpes mais comuns enfrentados pelos consumidores

O tipo de golpe mais recorrente identificado na pesquisa foi o uso de cartões de crédito por terceiros ou cartões falsificados, relatado por 39% dos entrevistados. Essa modalidade de fraude pode causar danos financeiros e emocionais significativos para os consumidores, além de prejudicar a reputação das empresas envolvidas.

As companhias que lidam com essas transações devem estar preparadas para enfrentar esse tipo de ameaça, investindo em sistemas de monitoramento de fraudes em tempo real e implementando medidas proativas para prevenir o uso indevido de cartões de crédito. A colaboração com parceiros especializados em segurança digital pode ser uma estratégia eficaz para mitigar esses riscos.

Conclusão

A pesquisa da Serasa Experian deixa claro que a segurança digital é uma prioridade crescente para os consumidores, e as empresas que desejam se destacar no mercado precisam atender a essas expectativas. O investimento em tecnologias de proteção, a transparência nas práticas de privacidade e a educação contínua dos consumidores são fatores essenciais para construir um ambiente digital mais seguro e confiável.

À medida que o comércio eletrônico continua a crescer e as transações online se tornam cada vez mais frequentes, a capacidade das empresas de proteger seus clientes será um diferencial competitivo importante. A confiança do consumidor não é apenas uma questão de lealdade à marca, mas também uma questão de segurança. As empresas que priorizam a proteção dos dados e a segurança digital estarão mais bem posicionadas para ter sucesso em um mercado cada vez mais digitalizado e competitivo.